Saudade: sentimento mais ou menos melancólico de ausência, ligado pela memória a situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou a ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável"।
A definição técnica do dicionário está longe de traduzir essa pressão no peito que te faz desejar, que te lança ao objeto dessa urgência। Muitas vezes, o desejado já vive em outra esfera, não está mais entre nós. E para abrandar essa saudade, o recolhimento, a oração, e o prazer das lembranças. E é aí que somos imortais. E o que foi bom, será doce sempre.
E quando essa mesma urgência reside no outro lado da rua, mas o que separa é muito mais do que a partida? E quando o recordar não é viver, mas sofrer? Aí, registre, respire, se olhe no espelho e perceba o quanto você também sente saudade de você mesmo, da sua leveza, do seu sorriso, da sua alegria. E a urgência ganha outra cara, e a saudade tons mais pastéis. E você levanta, e sai às ruas com você, a sua melhor companhia, e descobre que o outro é apenas reflexo do seu olhar, do que criou para si mesmo. E você segue em paz.
Para quem não sabe,
30 de janeiro é o Dia da Saudade.