27 de mai. de 2011

Contentamento

No dicionário, ação de contentar, de satisfazer.
Estado de quem está satisfeito.
Alegria, satisfação.

A explicação não me satisfaz.
Contentamento é muito mais que uma sensação. É sentimento. É estado permanente, e trabalhoso de se conquistar.
Mas como é possível.
Mesmo que seja assim, uma bolha, um portal, sei lá, o nome que quiser dar. Até por que o contentamento é seu. Mas nesse não tenho acesso.
Bom, voltemos ao meu.
Perceber este total conforto, estar em estado de prazer, alegria, entregue, relaxada, como se nada mais precisasse no mundo, como se nada mais me faltasse...? É CONTENTAMENTO.
É tão impalpável, mas real. Forte. Visceral. Único.
E poder perceber isso...
Sentar-me acomodadamente dentro de mim, é sublime.
Não. É CONTENTAMENTO.
Voltemos. R  E  S  P  I  R  A  R.
Pranayama.
Ah, e a tal sensação não é desse mundo. Mas é mundana, sacra e também profana. Até por que sou um pouco de tudo. Naturalista? Não! Misturalista.
Misturo tudo, experimento, e fico com o CONTENTAMENTO.
Que é meu. Que é diferente do seu.
Ou não.

17 de mai. de 2011

Caminho do meio



Tudo passa.
E passando, passo.
Passo a passo. Buscando novo caminho.
O caminho do meio.
Do equilíbrio. Meu. Não do outro.
Que pode me perceber - equilibrista.
Mas é meu. Meio equilibrista, mas é equilíbrio.

16 de mai. de 2011

Pensei em você

Te espio de longe. Respiro, e assim a abraço.
Abraçando-a volto no tempo, no sorriso farto,
na alegria estampada, nas pinceladas coloridas
da minha adolescência.
E reconheço cada pigmento no reencontro recente,
no mesmo jeito, seu e meu, de estar. Um capricho do
tempo, que perde peso, anos, horas e minutos.
Assim percebo o que sempre soube, o que -É-, é atemporal.
É casa antiga, amor fraterno. É caminhar de mãos dadas com a nossa história de vida e sentir prazer imenso
com o próprio caminhar.
Te saúdo, Bebel!

10 de mai. de 2011

...

Se me fixar no hoje: não reconheço.
Se olhar para ontem, agradeço: o encontro, a construção, a procriação, a estrada.
E é onde fico no momento, por um tempo, assim - como proteção.
Aquele que conquistou um dia – NÃO RECONHEÇO MAIS - hoje em dia.
Mas esse, não me pertence - por mais, que por agora, me afete, tudo será muito BREVE.
E...sigo.
E no seguir me deparo com a minha própria história, fragmentos, imagens, alegrias, também a INDIGNAÇÃO.
E esse sentimento tão novo, forte, pode ser positivo. E assim o faço.
Respiro, me entrego. Encontro em mim mesma as ferramentas de mudança.
Faço de toda a minha fragilidade – FORTALEZA.
E nesse templo, me reconstruo.
E olho - cada desconstrução - como peça nova, que não serve no meu tabuleiro.
E se o tabuleiro não serve, reconheço na foto antiga a bela história.
E há de chegar o momento, apenas da bela foto, como doce lembrança, DIGNA e distante de tudo isso
.

5 de mai. de 2011

Siga a luz





Você olha pra fora. Você busca. Percebe até no outro. Por um momento acha que é.
Mas percebe que é maior: vem de dentro, ganha espaço, movimento caleidoscópico. Soma, multiplica, divide para multiplicar mais.
Assim é. Assim tem sido.
E mesmo quando a grande luminosidade ganha contornos de vagalume, você se percebe. E se percebendo: trabalha, respira, invoca, clama, e o vagalume voa.
Às vezes volta com fôlego de dragão, e queima.
Mas a dor do que queima - esfria, e ao esfriar, reconhece em você – VAGALUME.
E por hora, isso basta.