14 de abr. de 2015

Bordei poesia...

 
Costurei, bordei...
Fui detalhista nas cores escolhidas.

Alinhavei sonhos,  desejos, com tanta suavidade, que me vi (e senti) como já vivenciado o que estava por vir.

Corri prá lá.

Corri prá cá.

Arrumei TUDO para que NADA visse à tona.

Ajustei todos os relógios: biológicos, etéreos, espirituais e os carnais...

Sintonia fina.

Na véspera percorri longa estrada, subi entre o verde, observando a mata.

Ali, naquela pequena fração, desenhei o que ofertaria.

Comecei a construir a GRATIDÃO, começando pelo universo que tem sido tão generoso.

Uma alegria colorida, de menina sapecava me lambuzava por dentro.


Por fora, seguia, arrumando.

Agulha e linha para tricotar o amanhã tão presente em mim.

E o vento veio.

E não permitiu estender a toalha.

 
Mas aquela gratidão antecipada continua presente.

O meu ser sabe que o vento levou aquele momento.

Sabe também que a ausência instalada agora  - cederá lugar - a toalha posta ao chão.

E eu cá estou em oração, mesmo que nesse minuto o vento (ainda) corte o meu rosto.

Mas é passageiro  e mantenho a fé na escolha que fiz para todos os meus dias.

Eu aceito. Eu confio. Eu entrego. Eu agradeço.

E SIGO...
 


Hoje não estou...

A energia é única, criadora. É a que me move e me traz pra luz.
 
E é quando estou na sombra que essa percepção fica cristalina e não turva.
 
Sou luz. Sou sombra. Sou.