28 de nov. de 2011

Esse nosso jeito, agradeço!

Não é perfeito, mas é tão verdadeiro.
E agradeço poder ser assim, o chegar, o sair,
no tempo da vida e do coração.
Não para agradar ou “cuidar”, mas pelo simples fato de querer estar.
E nesse momento, saber o que é pra mim, é realmente
meu, é olhar para traz e não me sentir discurso.
É sentir que o caminho que escolhi, de olhar o indivíduo, e não como meus, ajudou a construir um encontro real.
Como tudo, às vezes fica a lacuna.
Como tudo, às vezes quero mais.
Mas é com eles, que revi a lição aplicada e tão bem assimilada.
Mas o abraço é abraço.
O chegar é estar.
É inteiro.
É a nossa forma de cuidarmos um do outro.
Soltos, mas com raiz fincada.

26 de nov. de 2011

NÃO, palavra de ordem

 Chegamos ao final do ano. A cidade ganha novas cores. O Rio de Janeiro, então, ganha vida nova. O ano 2011 foi decisivo para o carioca. A polícia subiu os morros, agora com inteligência, sem disparar um tiro.

Nos parece, olhando de fora, que o lixo não é mais varrido para baixo do tapete, mas é aspirado e retirado do local, verdadeiramente.
Vila Cruzeiro, Complexo do Alemão, Providência, São Carlos, Mangueira, Santa Marta, Fallet, Vidigal e, por último, a Rocinha. Errou-se muito para se chegar até a ocupação da Rocinha, uma verdadeira cidade, com mais de 70 mil habitantes, onde residem famílias, trabalhadores, gente do bem. Mas foi bonito de ver. Nenhum inocente se feriu ou morreu.

Parabéns às autoridades, mas principalmente a esse povo guerreiro, batalhador, que enfrenta, não foge da luta e faz bonito.
E se o tempo é de comemorar, aproveitemos então a chegada de 2012 para iluminar de dentro para fora. Acenda a sua luz, distribua brilho no olhar, abraço forte, carinho e acima de tudo o maior presente de todos, PAZ.

Que a PAZ comece reinar dentro de você. E se cada um fizer isso, transformaremos o coletivo. Não é apenas um desejo de PAZ, mas uma AÇÃO.
A ação do Não. Da não violência. Não roubar. Não matar. Não.
E, se nesse contexto, o NÃO for palavra de ordem?
SIM, o Rio de Janeiro continua lindo. E aquele abraço.
(foto Juliana Castro | texto editorial Revista nov|dez)

12 de nov. de 2011

Vaza...

O avesso é tão complicado.
A contramão, o anti, o dividir.
Esse fatiar mobiliza, torna pequeno.
Mas não da pra ser grande sempre.
A miudeza é que me faz distinguir, a
perceber a diferença.
Nesse minuto o politicamente correto me
soa falso.
E aquela pequena peixeira ganha
um simbolismo ímpar.
Vaza, esse lugar é meu. É a casa do familião.