São tantas mensagens lindinhas. Muitas, açucaradas em
demasias. Outras, glicose pura. Me sinto diabética com restrição total. Mas Pollyanna
espalha seu olhar pueril pelos quatro cantos do planeta.
Talvez minha acidez... ou minha história... ou ainda será
esse olhar fotográfico, a busca
permanente pelo fato...sei lá, vai se saber.
Mas não consigo, nem um sorriso de canto de boca. A Sensação
Pollyanesca, desconheço. Mas imagino que deve ser algo parecido como caminhar
em brasas, sorrindo, feliz, com um balão
colorido na mão. Impossível.
Tirar o melhor, do pior. Belo. Mas falsoooo.
Mas tem gente que consegue. Sublime. Grandioso. Iluminado
viver assim. Admiro.
Mas não me cabe.
Essa vida morninha, comportadinha, certinha, tudo dentro da
caixinha me descabelaaaaaaa.
Gosto do apimentado. Gosto dos extremos.
Quando é bom, não há Pollyanna no mundo que conheça a força dessa
sensação.
É de se lambuzar.
Exageradamente gostoso...
Escandalosamente feliz.
Quando é uma merda.
É atoleiro.
Mas sinto assim, prefiro assim.
Ou é quente ou é frio, o morno não me basta.
Por mais que uma ganja aqueça, corpo e alma em algum
instante.
Agora...Pollyanninha...não dá.
Sou apaixonada pela família Addams. Amo rabugento.
O direito de mudar é sagrado. Estar em movimento me
acalma.
Amanhã? Sei lá, um dia de cada vez, talvez.