18 de fev. de 2013

Om Mani Padme Hum

O tema da aula de hoje, gentileza.

Mas ela veio antes, na forma mais doce e plena.

No abraço saudoso. 

No mantra, que agora carrego *também* na mão.

No acolhimento que me faz reconhecer no outro, um reencontro.

Tão mais antigo - tão mais distante. 

Real, vai se saber.

Mas forte, com certeza.

E a aula gentilmente começou.

E a casa me recebeu. 

O chão me abraçou.

E me senti PLENAMENTE agradecida.

12 de fev. de 2013

Tô pra brincadeira


 O carnaval tem dessas coisas, te coloca no seu lugar.
Cada um é o que é, de verdade. Quem não entra na roda, olha de longe.
Quem põe a saia pra girar, sinaliza.
Tudo é claro, tudo é às claras.
O Batman colocou na avenida o que todo mundo já sabia.
Fantasias viram traje a rigor.
Aquela, que você deixa guardadinha  o ano todo, mas quando chega a hora: é emoção, o mais puro tesão.
Cores, caras, bocas. Muita roupa, pouca roupa, não importa.
A gente se desnuda e percebe que o que se é: É.
Abre alas, que eu quero passar.
Entrei na roda e tô na brincadeira.




9 de fev. de 2013

Borboletas no estÔmago



Quanto aprendizado. Quanta novidade. Quanta descoberta.

Fui uma adolescente vibrante, multicolorida, por dentro e por fora.

Vivi sempre com muita intensidade, me lancei no prazer, me joguei em paradas malucas, e nunca me arrependi de nada, até pq *tinha e tenho * uma anjo da guarda totalmente focado.

Obrigada, parceiro.

Alguns lençóis, muitos encontros: rápidos, fugaz, extremamente gostosos.

Quando me deparei com aquelas borboletas no estomago, percebi que ali tinha um tempero diferente, e embarquei.

Naveguei por quase três décadas.

Desembarquei, muito a contragosto, mas hoje estou em terra firme.

E sento agora,quase em oração.
Escrevo, em comunhão comigo mesma.

E essa necessidade suprema de expressar veio enquanto molhava plantas, arrumava o pequeno jardim, olhava para esse pequeno mundo – construído com tanto esmero.

Observava o beija flor e mais um bando de pássaros, que descobriram o gosto do fast food, comida rápida aqui - na minha varanda.
Alpiste do bom, colocado diariamente para essa turma colorida e barulhenta, no meu santo chão.

E nesse relance, pensamento doce, me veio cada cômodo, cada objeto e as doces e belas borboletas que nesse momento voam no meu estÔmago.

Que coisa mais gostosinhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

Percebo que o macro não me cabe mais, que o micro, o pequeno, o aconchego, me abraça com tanta propriedade...hummm.

Essa sensação de terra firme, de porto seguro, que começa a plantar na sola dos meus pés, tem  me acariciado com muita ternura...

...Que por um breve segundo tive até medo de sentir. Medo de não ser.

Saca aquele velho clichê...medo de água fria? Então!

Sei lá, vai se saber. Depois de tanta tempestade a gente fica mais alerta.
 
Mas relaxei.
Voltei no tempo e lá estava ela: aquela menina maluquinha, doidinha de tudo...sem medo de nada.
E me peguei adolescente aos 53 anos e com o ganho da maturidade.

Olhei para o meu castelo, possível graças aos meus anjos da guarda (que estão encarnados, diga-se de passagem). Deleitei-me em tanta cores: dentro e fora.

Poeira, ainda alguns cacarecos, mas aqueles que a gente entulha no quartinho da bagunça e nem lembra que existe.

Um dia você faz a faxina...ou não. Procurando um não sei o que...que pode vir a servir ao outro.

Assim acho minhas melhores fantasias e saio agora, para ver  o bloquinho passar.
 
Saio cantarolando uma velha canção, nenhuma marchinha (ainda): 

Mas era feita com muito esmero, na rua dos bobos, número zero.”

E ME VEM OUTRA:
'Sacundim, sacundá. Nem vem q. não tem!

Hoje – é carnaval. Muito mais aqui dentro.
 
 Ah, anjo da guarda, vem comigo e não perde o foco.

hahahahaha