Esmiuçando a minha linha do tempo diante de tamanho espanto
vivido, nada foi mais impactante de perder a fala, as pernas bambearem e ficar
sem ação do que aquele 8 de dezembro de 2021.
“Oi, vovó”!
Precisei sentar-me, respirar para assimilar aquele tão
desejado cartão. E assim sigo, com um misto de encantamento e profunda alegria.
Já te vejo, te cheiro, te acaricio, conversas sem fim todos os dias antes de
dormir. De uma certa forma, sei que esse lero lero chega até você e eu tenho
dormido como um bebê depois dessas conversas todas.
Enquanto cresce forte dentro da barriga da sua mãe eu corro
atrás do prejuízo aqui fora. Atividade física, dieta, voltei também pra yoga, pedalando
diariamente, entrando em forma para ver você crescer. Check-up em dia e coração
bombando no compasso do encantamento.
Ah, como já te amo!
Não quero ser a vovó na cadeira de balanço lendo histórias
para você. (mas quero também, vai!). Mas desejo sentar ao chão, jogar bola de
gude, soltar pipa, mil brincadeiras e passarinhar com você, meu menino. Quem sabe
não será também amante da fotografia da natureza com sua avó aqui, mas também
isso não tem a menor importância.
Importante mesmo é esse AMOR todo que permeia essa espera e
será alimento por toda a minha existência.
Você vai nascer em uma casa bela, construída no afeto, respeito
e carinho. Os pais que escolheu para você não poderiam ser melhores. Gente do
bem, tão lindos, tão apaixonados, tão felizes com essa família que germina
todos os dias e vem transformando a eles e nós todos.
Você tá bem servido, moleque! Avós apaixonados, dos dois
lados. Muita gente aqui te esperando com tanta emoção.
O mundo anda meio louco e vai ser muito bom ter você aqui
pra ajudar a gente nesse processo todo de transformação que o planeta precisa e
nossa alma clama.
Segue aí, crescendo... crescendo... crescendo!
Sigo aqui, vibrando amor e esperando para por você no colo.
Deus te abençoe, meu
pequeno!