2 de mar. de 2011

Tem cheiro. Tem sabor. Tem cor, forma, tem pegada. Sonhar dessa maneira é como vivenciar: e o gozo vem no gozo do outro; no seu próprio, que realmente não é seu e nem dele. Cheguei à pior parte do processo: a saudade. Aquela falta. O corpo arrancado do ninho. Mutilado. Todos os absurdos miseráveis da alma humana, tornam-se nada diante da saudade. E todo fez que me lanço profundamente no aprendizado, sonho assim. E é a yoga que faz isso comigo. Transforma meus sonhos em tela viva। É um portal, um ganho, uma dádiva. Resultado do pranayana. Acordei molhada e triste. Mas essa mesma yoga me oferece ferramentas – aqui e agora – escrevendo, esvaziando, partilhando। Vou sair। Fotografar o voo alheio. E essa saudade há de se tornar brisa e não ventania.