29 de abr. de 2013

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Em 21.04.2011 |  A vida tem dessas coisas, de repente uma onda gigante varre os castelos que julgava eternos. Remove a terra, vira literalmente de pernas para o ar.
E você sabe que a mudança é a saída: e muda, muda, muda aqui, muda ali. Refaz, respira, se joga, confia.
Mas no meio de todo esse processo, meio escravo de Jó, que tira e bota, você percebe a serenidade, o colo doce, o abraço quentinho, asas de anjo – DIRIA.
Ele te pega pela mão, e acompanha; e ampara; e protege; e se faz anjo.

E aí, agradeço ao universo, sentindo-me privilegiada, por receber sem pedir, por ter onde chegar, arriar as malas, pousar com tanto esmero.” 


Em 15.04.2012 “Você me mostrou o quanto é possível  colher o belo enquanto a dor é plantada.
Você é aprendizado, é carinho, é cuidado. 
Obrigada, querido, por mais esse colo!” 


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Hoje acordei pensando em você e fui buscar um pouco do que escrevi. Por um momento o pensamento foi: ai, você não sai do lugar, Tereza.
Mas essa fração pequena - ABARCADA por outra sensação, tão mais forte, tão mais verdadeira.

Você, Luiz Antônio, é que não sai do lugar.

Está presente, fincado, naquele espaço único, vital, de acolhimento, proteção, apoio e confiança.

COMO ADMIRO O QUE ÉS, como agradeço a sua permanência em mim. Como desejo você nesse lugar, onde sei que JAMAIS ESTAREI SOZINHA NOVAMENTE.
Luiz, também o meu cuidador.

Como tudo seria mais difícil sem você, meu tão amado amigo, irmão, “nosso marido”, sim. (...que me perdoe a Doutora).

Agradeço o colo farto, o olhar generoso, o sorriso doce...

Você é mais: homem-menino, menino-moleque, ancião no saber.

Adorei estar. Amei celebrar. E já aguardo o momento de reunir essa família das estrelas, que é cada dia mais casa de todos nós.
Feliz aniversário, feliz vida sempre. É uma honra tê-lo ao meu lado.

Obrigada.



29.04.2013


12 de abr. de 2013

Jardineira




O maior jardim do mundo é o meu.

Ele guarda tantas espécies, cores, texturas, formatos...

Ele frutifica permanentemente.

Não pense que não há os períodos de estiagem. Seca braba, que suga, mas quando penso que a safra tá perdida, Deus manda água, farta, grossa, que faz brotar do nada.

E esse desaguar banha-me, envolve-me, me faz liquidificar o encontro, que momentaneamente mata a sede.

É quase um milagre, que me alegra a alma e revela essa jardineira errante que sou.

Ah, e os perfumes...
Aqueles tantos, que arrepiam a pele, entorpecem os sentidos  e atiçam os desejos mais íntimos.
Nesse metro quadrado guardo o meu mundo.

Experimento.

Me devolvo, mas nunca sem me entregar.

Sorvo cada gole e descanso no meu jardim..