O maior jardim do mundo é o meu.
Ele guarda tantas espécies, cores, texturas, formatos...
Ele frutifica permanentemente.
Não pense que não há os períodos de estiagem. Seca braba,
que suga, mas quando penso que a safra tá perdida, Deus manda água, farta,
grossa, que faz brotar do nada.
E esse desaguar banha-me, envolve-me, me faz liquidificar o
encontro, que momentaneamente mata a sede.
É quase um milagre, que me alegra a alma e revela essa jardineira errante que sou.
Ah, e os perfumes...
Aqueles tantos, que arrepiam a pele, entorpecem os sentidos e atiçam os desejos mais íntimos.
Aqueles tantos, que arrepiam a pele, entorpecem os sentidos e atiçam os desejos mais íntimos.
Nesse metro quadrado guardo o meu mundo.
Experimento.
Me devolvo, mas nunca sem me entregar.
Sorvo cada gole e descanso no meu jardim..