Filha (também) minha
Que a distância seja medida em quilômetros em não em
afastamento.
...Que todo caminho percorrido, mantenha o calor do abraço
de menina, o riso farto da molequeira, a irmandade construída ao longo dos
anos.
Do meu colo – até a mala que está prestes a descer a escada,
quanta coisa vivemos.
A menina deu lugar a uma mulher que começa a aprender a
andar sozinha. Ela sabe o que quer, e se confunde ainda nesse querer. Mas o
processo é BONITO. REAL. ÚNICO.
São estações.
Ensaios.
Mas o voo solo não pode mais ser
adiado.
Nós, apenas podemos torcer, olhar de longe e estar sempre de
braços abertos para acolhê-la.
...E o que disse a Lipe no dia que saiu daqui, digo a você. Com
o mesmo amor, a mesma certeza e comprometimento.
Vai. Volta. Entra. Saia.
Mas nunca perca o caminho de casa.
Por que essa será sempre a sua morada.
Te amo, Lica.
E isso é o “sangue” que corre nas nossas veias
ancestrais, de reencontros possíveis. Da nossa família nas estrelas.
Você tem um pai só, mas duas mães.
E é um privilégio dividir
isso, nesse tempo, nessa hora, nessa vida.
Te amo, filha. Em casa, esperando você, para ajudar a
arrumar essas malas.
Vamos fazer isso com alegria, em festa, pq assim é e sempre
foi.
Não se esqueça que nós nos escolhemos. E esse laço será sempre permanente.
Sou a única madrinha que presenteou com um "ratinho", mas quanto significado.
Ainda, menina (lembra?!?)
Nossa colcha de retalhos!!! Indivisível!