24 de fev. de 2014

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Sei que nada sei. E nesse não saber, me encontro.

Encontro respostas para perguntas não feitas. 
Há uma acomodação interna, brisa serena, necessidade aflorada do gentil. 

Uma companhia permanente me guia, me aponta caminho, da estrada desconhecida, mas com tão gosto de casa.

A dualidade aparente é ilusória. A conexão se fez, não nos estudos, mas nas entranhas.
Na ação. 
E...: o corpo recebeu, cicatrizou, a alma  acolheu e o ser percebe novo olhar, para a sua própria essência.

Chegar. Cheguei?

Como AINDA nada sei, me lanço, com determinação, mas sem urgência. 
Com disciplina, mas sem autoritarismo ou ditadura interna. 
Não há tempo para mesmice, mas a ampulheta cumpre a sua sina, do tempo no tempo certo.

Folha em branco sou, com cores e nuances  presentes, prontas a colorir lodo, cinza, de um rio, outrora cristalino.

A clareza é bússola. Há uma liberdade interna absoluta, imperceptível para o olhar de fora. Um conforto acolhedor.

Se há sede? Sim. Há.

Vivenciar esse meu eu, percorrendo labirintos, enfrentando abismos e corredeiras. 
Trabalhar. Estudar.  Embriagar-me nessa luminosidade que já percebo em lampejos, principalmente nos dias mais sombreados.

Não sou morna. Não sou isso ou aquilo, sendo SIM - isso e aquilo - TAMBÉM.

Sou fogo, sou água. Sou terra, sou ar.

EU SOU.

Sou eu: sombra e luz. Hora - suave como lamparina. Hora - neon incandescente. 

E cá estou: sem promessas, pronta para me lançar na maior aventura da minha vida. 

Onde isso vai dar? O tempo dirá.


A jornada começou.


S. G., há encontros já tão traçados,
que a alma reconhece como morada.
Agradeço, a mais profunda descoberta
“do meu nada sei”.
T. 24.02.2014