Sei que nada sei. E nesse não saber, me encontro.
Encontro respostas para perguntas não feitas.
Uma companhia
permanente me guia, me aponta caminho, da estrada desconhecida, mas com tão gosto
de casa.
A dualidade aparente é ilusória. A conexão se fez, não nos
estudos, mas nas entranhas.
Na ação.
E...: o corpo recebeu, cicatrizou, a alma acolheu e o ser percebe novo olhar, para a sua própria essência.
Chegar. Cheguei?
Como AINDA nada sei, me lanço, com determinação, mas sem
urgência.
Com disciplina, mas sem autoritarismo ou ditadura interna.
Não há
tempo para mesmice, mas a ampulheta cumpre a sua sina, do tempo no tempo certo.
Folha em branco sou, com cores e nuances presentes, prontas a colorir lodo, cinza, de
um rio, outrora cristalino.
A clareza é bússola. Há uma liberdade interna absoluta,
imperceptível para o olhar de fora. Um conforto acolhedor.
Se há sede? Sim. Há.
Vivenciar esse meu eu, percorrendo labirintos, enfrentando
abismos e corredeiras.
Trabalhar. Estudar.
Embriagar-me nessa luminosidade que já percebo em lampejos,
principalmente nos dias mais sombreados.
Não sou morna. Não sou isso ou aquilo, sendo SIM - isso e aquilo
- TAMBÉM.
Sou fogo, sou água. Sou terra, sou ar.
EU SOU.
Sou eu: sombra e luz.
Hora - suave como lamparina. Hora - neon incandescente.
E cá estou: sem promessas, pronta para me lançar na maior
aventura da minha vida.
Onde isso vai dar? O tempo dirá.
A jornada começou.
S.
G., há encontros já tão traçados,
que
a alma reconhece como morada.
Agradeço,
a mais profunda descoberta
“do
meu nada sei”.
T. 24.02.2014