3 de set. de 2015

Vem pra rua você também



Há cinco anos escrevi esse texto abaixo (O meu quintal), uma declaração de amor rasgado ao local onde escolhi viver.

O amor, esse continua o mesmo, mas hoje vem com menos alegria, mais medo e uma grito preso na garganta.

O descaso da segurança pública carioca desembarcou aqui também.  

A bandidagem, invadiu as nossas casas, ruas e avenidas. 

Há gente morrendo vítima da violência urbana. Há gente sendo esfaqueada. Há uma população em pânico.

Vou para as ruas. Vamos para as ruas.

Pq esse “quintal” é nosso e queremos o nosso Recreio, como sempre foi: livre, leve, solto e totalmente em paz.

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O meu quintal

O recreio é dos bandeirantes e também de uma porção de gente bacana.
Nesse recreio há exploração, descobertas de novos lugares, picadas abertas, trilhas que dão inveja a qualquer serra ou montanha.
Cachoeira, mar, verde.
Muito verde.

Também um Rio de Janeiro. Mas aquele que foge do trânsito caótico, da poesia cosmopolita e nos lança em outras avenidas, numa cadência musical.  

Muitos vivem aqui, tantos outros fogem pra cá no fim de semana, que dão out...ro ritmo ao nosso recreio, de tantas cores e sabores. 
Mas nesse recreio cabem todas as tribos e suas nuances.

Quem tá de fora, diz: - looonge!!!

 Verdade. Por isso dos bandeirantes e para alguns - com o mesmo espírito de descoberta.  

Mas que fique claro, as entradas e bandeiras –AQUI - têm outra pegada.

O que já foi descoberto está de bom tamanho. A exploração agora é no detalhe.

Portanto, que o nosso recreio continue assim, livre, espaçoso, para correr, gritar, brincar de pique esconde...

E de repente esbarrar, numa esquina qualquer, com o que você vinha procurando há muito tempo.  

Santo Recreio.
Bom recreio para todos. 

RECREIO DE LUTO
PASSEATA
12 DE SETEMBRO
PRAIA | EM FRENTE A GLÁUCIO GIL