Há cinco anos escrevi esse texto abaixo (O meu quintal),
uma declaração de amor rasgado ao local onde escolhi viver.
O amor, esse continua o mesmo, mas hoje vem com
menos alegria, mais medo e uma grito preso na garganta.
O descaso da segurança pública carioca desembarcou
aqui também.
A bandidagem, invadiu as
nossas casas, ruas e avenidas.
Há gente morrendo vítima da violência urbana. Há
gente sendo esfaqueada. Há uma população em pânico.
Vou para as ruas. Vamos para as ruas.
Pq esse “quintal” é nosso e queremos o nosso
Recreio, como sempre foi: livre, leve, solto e totalmente em paz.
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O meu quintal
O recreio é dos
bandeirantes e também de uma porção de gente
bacana.
Nesse recreio há exploração, descobertas de novos lugares, picadas abertas, trilhas que dão inveja a qualquer serra ou montanha.
Cachoeira, mar, verde.
Nesse recreio há exploração, descobertas de novos lugares, picadas abertas, trilhas que dão inveja a qualquer serra ou montanha.
Cachoeira, mar, verde.
Muito verde.
Também um Rio de Janeiro. Mas aquele que foge do trânsito caótico, da poesia cosmopolita e nos lança em outras avenidas, numa cadência musical.
Muitos vivem
aqui, tantos outros fogem pra cá no fim de semana, que dão out...ro ritmo ao
nosso recreio, de tantas cores e sabores.
Mas nesse recreio cabem todas as tribos e suas nuances.
Mas nesse recreio cabem todas as tribos e suas nuances.
Quem tá de
fora, diz: - looonge!!!
Verdade. Por isso dos bandeirantes e para alguns - com o mesmo espírito de descoberta.
Mas que fique claro, as entradas e bandeiras –AQUI - têm outra pegada.
O que já foi descoberto está de bom tamanho. A exploração agora é no detalhe.
Portanto,
que o nosso recreio continue assim, livre, espaçoso, para correr, gritar,
brincar de pique esconde...
E de repente esbarrar, numa esquina qualquer, com o que você vinha procurando há muito tempo.
Santo Recreio.
Bom recreio para todos.
Bom recreio para todos.
RECREIO DE LUTO
PASSEATA
12 DE SETEMBRO
PRAIA | EM FRENTE A GLÁUCIO GIL