Você sempre teve grande estilo. Pra mim, a primeira dama, a
matriarca, que conduziu a vida e a nós todos com muita sabedoria.
Como aprendi
com você, minha sogra (dizem que não existe ex-sogra). Como admirei ao longo da
vida. Como foi figura presente, marcante, participativa, vibrante.
Como me encantava vê-la avó dos meus pequenos. Vó de contos
de fada, de história de final feliz, de alegria e encantamento.
E agora vejo a
paixão, o amor imenso, que ambos sentem por ti.
Hoje vi Pedro incansável ao seu
lado. Ele e a sua esposa, Karen, traduziram todo esse amor em ação, em cuidado
supremo. Muito orgulhosa de ambos. Delicadeza, afeto, devoção.
Recentemente fui visitá-la, depois de mais de três anos sem
vê-la. O meu divórcio intempestivo me colocou no limbo e me recolhi. Mas vida que
segue e cá estava Tereza de volta.
Quando nos olhamos, nada a dizer: rimos, rimos muito. Nos
abraçamos mais e mais. Que dia memorável. Sensação total de presença como se
nunca houvesse um hiato, uma lacuna.
Hoje você se despediu, foi ao encontro do seu amor absoluto, o Dedé
(como as crianças chamavam o avô) . Mas antes de sair de cena, esperou um por um, viu
a todos. Faltavam o Pedro e Karen, depois eu e por último, o Lipe.
E com total maestria, deixou a casa arrumada.
Estivemos
juntos: eu, Pedro, Karen, Lipe, Edson e a Alcilene. Difícil? Sim, mas possível. Nada é mais divino que o amor. Nada é maior que a fé. Nada é mais forte que a família, mesmo em novo
formato.
Você, minha querida Wandoca, foi sublime na hora do Adeus.
Foi a materialização do seu discurso de vida: amor, família e fé. Exerceu o
três e deixou o seu legado.
Ficamos aqui, com esse aprendizado. Pelo amor maior,
aos meus dois meninos e por total sintonia com o nosso encontro, fiz o
movimento da harmonia e do perdão.
E cá estou em oração, em total gratidão de ter tido o
privilégio de tê-la em minha jornada de vida.
Deus lhe receba em sua
divina misericórdia.
Tereza, também filha,
nora, amiga.
22.05.2016