19 de nov. de 2016

A vida nos detalhes...

O grande, o espetaculoso, não moram mais aqui.

Prefiro o pequeno, que se acomoda e se encaixa nos cantos dos meus encantos.

E assim  recebo São Nicolau, não com neve, mas na taça de sal, e ele se multiplica em tantos outros detalhes.

E já há um novo aconchego, que recebe primeiramente a mim. E a menina de muitas luzes se delicia com a singela árvore, que ocupa tantos outros espaços e traz novas leituras: a menina cresceu. A árvore encolheu. Proporções mantidas, alegria também.

De uma forma mais silenciosa, aquietada, é verdade, mas tão esse ser de agora.

São Nicolou vai. São Nicolau vem. Assim como lembranças e memórias afetivas. Mas tem aquele, lá na manjedoura que é permanente e habita em mim. Assim como vocês, meus filhos, Pedro e Felipe.

Feliz Natal 2016...
Para os meus eternos meninos,
que brincam na valsa do tempo
e se apresentam hoje como homens
donos dos seus destinos. 
Orgulho do caminhar de ambos.













6 de nov. de 2016

O Eterno




Se fala tanto sobre eternidade, as vezes de forma tão elaborada e inalcançável que fica difícil de entender o conceito.

Mas é simples, como a chuva que chegou  ameaçando o que já é. E o que é – é imutável.

Assim também contrariando Adriana Calcanhotto, abracei um dia nublado, cinza, chuvoso e com todas as cores do universo.

Lá se vão mais de três décadas com aquele gosto do parapeito da varanda da universidade que teimávamos em sentar. Afinal, viver é correr riscos.

Adoraria que esse risco do tempo de sala de aula fosse tudo o que iríamos conhecer ao longo da vida. Mas ledo engano. 
Cada uma viveu os seus parapeitos: altos, perigosos, corda bamba; mas ninguém caiu ou se quebrou realmente, e você também não vai cair. É apenas mais uma prova - e se vai passar raspando ou com sobra, pouco importa. 
Mas afirmo aqui: vai passar sim, menina bonita. E nós estaremos presentes  para o que precisar.

Adendo a parte, voltemos a tão falada eternidade, que se materializa na construção de nossas próprias histórias e vivências.

E das meninas que fomos e voltam à tona a cada encontro, a sabedoria do coelho: 

"Alice: Quanto dura o eterno?
Coelho: Às vezes apenas um segundo." 

Amo vocês!