Se fala tanto sobre eternidade, as vezes de forma tão elaborada e inalcançável que fica difícil de entender o conceito.
Mas é simples, como a chuva que chegou ameaçando o que já é. E o que é – é imutável.
Assim também contrariando Adriana Calcanhotto, abracei um dia nublado, cinza, chuvoso e com todas as cores do universo.
Lá
se vão mais de três décadas com aquele gosto do parapeito da varanda da
universidade que teimávamos em sentar. Afinal, viver é correr riscos.
Adoraria que esse risco do tempo de sala de aula fosse tudo o que iríamos conhecer ao longo da vida. Mas ledo engano.
Cada
uma viveu os seus parapeitos: altos, perigosos, corda bamba; mas
ninguém caiu ou se quebrou realmente, e você também não vai cair. É
apenas mais uma prova - e se vai passar raspando ou com sobra, pouco
importa.
Mas afirmo aqui: vai passar sim, menina bonita. E nós estaremos presentes para o que precisar.
Adendo a parte, voltemos a tão falada eternidade, que se materializa na construção de nossas próprias histórias e vivências.
E das meninas que fomos e voltam à tona a cada encontro, a sabedoria do coelho:
"Alice: Quanto dura o eterno?
Coelho: Às vezes apenas um segundo."
Amo vocês!