6 de nov. de 2016

O Eterno




Se fala tanto sobre eternidade, as vezes de forma tão elaborada e inalcançável que fica difícil de entender o conceito.

Mas é simples, como a chuva que chegou  ameaçando o que já é. E o que é – é imutável.

Assim também contrariando Adriana Calcanhotto, abracei um dia nublado, cinza, chuvoso e com todas as cores do universo.

Lá se vão mais de três décadas com aquele gosto do parapeito da varanda da universidade que teimávamos em sentar. Afinal, viver é correr riscos.

Adoraria que esse risco do tempo de sala de aula fosse tudo o que iríamos conhecer ao longo da vida. Mas ledo engano. 
Cada uma viveu os seus parapeitos: altos, perigosos, corda bamba; mas ninguém caiu ou se quebrou realmente, e você também não vai cair. É apenas mais uma prova - e se vai passar raspando ou com sobra, pouco importa. 
Mas afirmo aqui: vai passar sim, menina bonita. E nós estaremos presentes  para o que precisar.

Adendo a parte, voltemos a tão falada eternidade, que se materializa na construção de nossas próprias histórias e vivências.

E das meninas que fomos e voltam à tona a cada encontro, a sabedoria do coelho: 

"Alice: Quanto dura o eterno?
Coelho: Às vezes apenas um segundo." 

Amo vocês!