Os elementos estão no ápice de um ano catastrófico.
Associa-se cada tragédia a essa substância da natureza, a esse verdadeiro cosmo
vivo. Cada perda ligada a esse campo energético.
“O ser humano ocupa uma posição muito peculiar dentro dessa
cosmovisão. Ele é considerado uma imagem condensada desse mundo ao seu redor.
Um microcosmo em permanente interação com o macrocosmo material e espiritual.”
E aí chegamos a célula de cada fato ocorrido: o homem. A sua
imprudência, a sua ganância e a falta de respeito com a sua própria
fragilidade. E o resultado está na barragem rompida, na cidade afogada pela
chuva, no alojamento que não devia existir e assou meninos; no equipamento aéreo
que entrou em pane.
O universo reverbera o que também recebe.
Seguindo nesse caminhar saio do homem de forma generalizada
e olha pra dentro, para esse ser imperfeito.
O que estou reverberando para o
universo?
Qual energia estou trocando?
O
que ando fazendo com as minhas tempestades, fogueiras, voos e essa lama lodosa?
E aí me percebo. E me percebendo sinto ainda o quanto
tenho me afogado, me queimado, me enterrado e caído de voos sonhados.
E aí expurgo.
Coloco cada um no seu devido lugar.
Reconheço minhas limitações
diante do cotidiano; de como a vida se apresenta nesse momento.
Sou a responsável pelas minhas próprias intemperes.
E faço escolhas:
Reconheço as fatalidades. Mas não sou a fatalidade.
Sinto as faltas. Mas não sou faltas.
Percebo a ausência tão presente. Mas posso me preencher.
E assim a conexão
está feita.
Eu sou parte integrante dos reinos no Planeta Terra.
Saúdo o cosmos e esse pequeno planeta azul que me abriga.
Reverencio à Deus.
Obedeço a hierarquia onde a mãe
natureza me acolhe em seus braços.
Eu sou livre. Eu sou.
Estou em comunhão.
Estou em comunhão.
#gratidão
E toda vez que eu perder essa conexão - que o trovão me sacuda... por dentro e me devola a minha natureza.
Assim seja. Amém.