29 de jun. de 2011

Balanço semestral

Fechamos o primeiro ciclo.
Balanço: pra lá de positivo, palavras dele.
O amor cresceu? Ele diz que não. Mas agora tem apego.
Concordei. Até por que amor nunca nos faltou. Vem de longe, do tempo dos Pataxós---hães. E cá entre nós, o meu indiozinho não mudou muito. Mas é esse - apego gostoso  - que gera a tal da saudade...
...que vai me deixar meio assim, sentindo a ausência: na foto, no click, no piquenique. Até das trapalhadas...
Quanta FLEXIBILIDADE exercemos. Eu cedi, ele também.
Nos enfrentamos, nos respeitamos, nos abraçamos,
sempre e muito.
Difícil para ambos, mas crescemos os dois.
E como todo grande amor, esse também precisa de férias.
Até porque amores maiores o aguardam.
A tribo está em festa, fogueira acesa, taba arrumada.
E enquanto isso a minha oca será perfumada para receber o belo pataxó, que chegará de mala cheia, coração em festa e aquele olhar doce, que o TORNA filho caçula e enche a casa.

13 de jun. de 2011

Clube de esquina

Voltar ao banco da escola.
Sentir-me assim como se nunca tivesse saído da festa.
 Tomar café na padaria depois de uma longa noite de papo, de um povo bacana, de acontecimentos tão iguais, tão diferentes, tão distantes, tão pertos.
Nunca me perdi dessa esquina, mesmo longe. Impressionante a sensação de igual, de sempre, de conquista, reencontro, do novo com gosto de casa.
Balaio de gatos, de gente, de cores, sabores, experimentos.
Tudo tão novo. Tudo tão antigo. Tudo tão bom.
Novas caras, novos toques, novas partituras, outra trilha sonora...
E saio para dançar.

11 de jun. de 2011

Aff...

Tem algumas escolhas que são difíceis.
Vem um cansaço, uma
vontade de não prosseguir.
 Aff...
Partilhar o partido.
Dividir o dividido.
Tão exaustivo, mesmo sendo
eu a interlocutora.
 Parece complicado, mas é de uma
simplicidade ímpar.
É preciso respeitar o coração.
Tomá-lo nos braços, cuidar.
Abraçar a si.
Silenciar.
E ficar assim...

9 de jun. de 2011

Amor grafitado


As marcas estão pelo corpo.
O que realmente importa, também na alma.
O amor grafitado: filhos, familião, escolhas de vida.
A possibilidade de se aconchegar  em mim mesma
e sentir esse esse carinho infinito pela vida e pelo desejo pleno de experienciar, me emociona.
Tão bom quando é bom. Tão bom quando acontece.

7 de jun. de 2011

A mais bela veste

Cuida.
Cuide.
Na verdade, só você pode - cuidar.
E cuidando bem de si se torna cuidadoso com o outro.
E é fácil se sentir cuidado, adocicado, mimado, carinhos, toques suaves,  objeto do desejo. Ah, que aconchego.
Tão bom ofertar, perceber o bom e também o bem.
O universo conspira - você agradece - e costura com laços de fitas e chitas coloridas.
E hoje sabe, sente...
...que o laço é escolha sua, o tecido colorido também.  
E se o outro não cuidou de tão bela veste, não é  mais um problema.  Há outros “cabides” na forma, no jeito, no desejo de se enfeitar e sair para dançar.  

6 de jun. de 2011

Santa dieta

Sempre tive a sensação de ter alma gulosa, gorda, farta. Realmente faminta. Não que o corpo hoje não acompanhe toda essa silhueta etérea, mas no momento isso não vem ao caso, até pq está sendo - levemente - cuidado. Mas voltemos à alma...
Com ela nada é diet. Tudo é muito caramelado, coberto chantilly, salpicado de chocolate.
A sensação não é nova, me acompanha há muito, sei lá há quanto tempo.
Por um longo período tentei ignorar essa alma esfomeada, desejosa de tantas calorias. Neguei sim, mas belisquei aqui e ali,  com muita parcimônia, fique o registro.
Mas agora, já: essa alma se nega a qualquer restrição, dieta, controle.
Tá solta.
Se exibe robusta, corada e se farta num grande banquete.
Essa energia, apesar de sutil, emerge como vulcão e devolve-me a maçã rubra, no simples ato de respirar, mergulhar e voltar à tona,  experimentando tão doce contentamento.
E assim troco de receita, não mais a dieta do pão, mas do pão de cada dia, na forma de um belo sanduiche, gordo e suculento, como a vida oferece. E eu?!? - Me lambuzo.