Que bom te tirar do berço e levá-lo até o seu carro, e perceber que neste meio de caminho brincamos, dançamos, nos acarinhamos, demos colo. Rimos no riso do outro. Nos besuntamos de croc croc, soltamos pipa, jogamos bola de gude, nadamos, ensaiamos jacaré, pedalamos.
Torci muito em cada pelada: vai que é sua tabaréu!!!!!!!!!!!!! Era o grito de guerra.
Quebramos milhares de caranguejo, que os manguezais nordestinos nos perdoem.
Da janela assisti o primeiro beijo, a primeira paixão, a primeira viagem sozinho, o primeiro lero lero, o primeiro porre. E dançamos, dançamos mais, bebemos juntos, nos misturamos, e nos abraçamos...
...Nos momentos mais felizes. Nos momentos mais doídos.
Segurei a sua mão. Você segurou a minha. E na maior tempestade nos tornamos verdadeiramente cúmplices, amigos, sólidos, e estamos inteiros, mesmo com alguns hematomas. Mas o tempo. Sábio. Dócil. Nos conduz e ampara.
E você voa, se lança, como sempre soube que o faria. E você me emociona nessa alegria, nessa energia boa, nesse astral, nessa fome de vida, de prazer, de conquista. E te sinto, e me reconheço nessa gana que faz a alma da gente pulsar e o corpo ferver.
E pensar que do berço ao carro se passaram 24 anos. Entre chupetas e chopes, temos tanto a festejar e vibrar. Lipe, vai que é sua!!!! Agarra, dribla, defende e marca o gol. Por que filhão, tu é o cara.
Escrito 1.6.2011 | Dia da saída
Bom ler de novo, com você por perto