30 de set. de 2011

Faltou gentileza

E essa falta me faz olhar diferente, me faz percorrer outros caminhos, esquecendo as encruzilhadas, as escolhas precipitadas. As pegadas que não se apagam – eternizadas em mim.
Procuro usar o que – FALTOU - comigo mesma. Não precisa ser na foice.
Não precisa ser isso ou aquilo.
Às vezes, nem sei se precisa ser.
Mas é muito às vezes.
Sei que essa sensação não é só minha.
Vejo nos olhos deles. Mais em um do que no outro. Mas em ambos.
É novo comportamento, resultado do aprendizado tão inesperado.
Todo mundo faltou essa aula.
Mas sabe aquele calorzinho, permanece.
É ele aquece, ele diz, vai todo mundo passar de ano.
E assim retorno a minha “casa” em profundo recolhimento e afirmo:
ACEITO | CONFIO | ENTREGO | E AGRADEÇO!!!!
E prossigo nessa mudança, lenta, mas permanente, sabendo
que nesse momento a direção é bem mais Importante que a velocidade.

23 de set. de 2011

O maior espetáculo da vida

As cores explodem nos seus olhos. Tons, luminosidade, a vida pulsa, dentro e fora de você. É primavera e aqui nos trópicos. Para muitos brasileiros, isso é mais que uma estação do ano.
O frio foi embora, mas o calor ainda não é de verão. O sol abraça suavemente e não te sufoca. Há gentileza no ar, suavidade, beleza, uma doce comunhão e um agradecimento profundo ao universo.
Sou apaixonada por essa fauna e flora em ebulição, e me coloco no palco, na plateia, vibro, aplaudo, me emociono.
A sensação é de música de Zeca Baleiro: “Por isso hoje eu acordei com uma vontade danada de mandar flores ao delegado, de bater na porta do vizinho e desejar bom-dia, de beijar o português da padaria...”
Nada a ver com nada, apenas com o simples fato de que a vida pulsa magistralmente, dentro e fora de mim...

17 de set. de 2011

Você me mostrou o quanto é possível 
 colher o belo enquanto a dor brotava ali em frente.
Você é aprendizado, é carinho, é cuidado.

Obrigada, querido,
por mais esse colo!
Sua cia tem sido preciosa.

3 de set. de 2011

Não que esteja ruim ou bom.
É diferente.
Aquela sensação do que o TUDO não é mais nada.
E que esse NADA – agora – é o tudo.
Parece confuso, mas parece.
Essa ausência da caminhada favorece a novos atalhos.
Caminhar por outras trilhas aumenta o fôlego, dá um lastro
importante para a condução.
E o olhar muda. NESSA mudança - tantos saem do foco, e dirijo a luz sobre mim mesma.
Mas há uma certeza absoluta que não estou só, e agradeço ao universo essa companhia pujante, latente, que cuida silenciosamente sem alarde.
Algo ocorrerá.