9 de out. de 2011

VIRABHADRASANA

O guerreiro está focado.
Sabe que é eminente o confronto.
Assim trabalha com a força, o equilíbrio sem perder a amorosidade.
Nesta batalha é o amor o fio condutor.
Aqui não haverá vencedores ou perdedores, mas reencontro.
Assim fecho os olhos e me vejo na arena.
E o que sinto é sossego, tranquilidade, por conhecer cada pegada dessa caminhada.
ENTREGO E AGRADEÇO.
Mas nem sempre foi assim.
Esse guerreiro já balançou, desequilibrou-se, teve medo, muito medo. E cada vez que o olhava,dentro de mim, sentia toda a sua fragilidade.
E foi aí que vi que essa fragilidade poderia ser a minha fortaleza, e o assim o fiz.
Com a ajuda - de quem sabia - que na hora da batalha estaria pronta, segui. Ajuste aqui, ali, calma ao respirar.
E de repente me vi com arco e flecha nas mãos. Tiro certeiro. O momento tinha chegado.
Batalha dura, também sem vencedores, por mais que quem assistia, pensava: eu ganhei.
Ledo engano, ainda a ser descoberto. Mas não me cabe, e não há vibração para tal.
O que posso dizer: a postura do guerreiro, não o ato físico, mas o encontro com a sua própria fortaleza, é caminho árduo, difícil como a pronuncia – VIRABHADRASANA, mas tão possível.
E esse guerreiro aqui, se olha no espelho, e segue, sereno, para mais uma conquista.