8 de nov. de 2012

Resiliência...


“Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.”






Cora Coralina com certeza não deve ter lido o significado da palavra resiliência, mas a expressou de forma sublime.
E engraçado que todo esse contexto permeia minha vida hoje. A necessidade não apenas de enfrentar grandes mudanças, mas transmutar.
Mudar, mudar, mudar, sem endurecer o coração, sem trazer a melancolia para a minha caminhada.
Que tarefa difícil.

 
Andei por muito tempo perguntando pq?
Mas fazia a pergunta errada. E logo eu, que vivo de boas perguntas, de perguntas certeiras.
Virei-me, revirei-me no avesso, ao ponto de não saber qual é o lado certo; mas o avesso vem me caindo bem. E quando acho que encontrei o “modelito” é preciso coser de novo, revirar o tecido, bordar e pespontar nova roupagem.
Confesso, que encontro muito cansaço, que me perco no meio de tantas linhas e agulhas, que não me adéquo bem à veste.
Mas isso agora também sou eu.
Então me desnudo.
Me coloco sob o meu próprio olhar, espelho transparente, e me observo.
Percebo-me hora resiliente, hora não. Resignada, NUNCA.
Sou nesse exato minuto INDIGNADA. Não com a vida, mas por receber da minha maior certeza a INCERTEZA.
Me tornei triste? Não. Com certeza não.
Assim sinto, quando estou com pessoas que amo, que me faz sair desse triturador, que não será permanente.
Atualmente esse é o período mais difícil do ano, talvez por ter sido sempre o período mais doce.


Um brinde a vcs meninas
Um brinde aos meus meninos
Um brinde a vida