11 de nov. de 2012

Quadro a quadro...


E lá estamos nós, não costurando, mas imprimindo novo álbum: nas paredes, na pele, na memória.
Memória essa, aquela que já trazemos na pele, na alma e que não perdeu o tom, não desbotou, cintilante está.

A moldura não podia ser mais a gente. ALEGRIA. Uma vontade ímpar de rir alto, abraçar forte, olhar no olho.
Em cada pedaço de fita cortado, na posição escolhida, na mão de muitos, para cuidar do canto de um. O desejo supremo de escrever na parede: estamos aqui, presentes, inteiras, contando uma com a outra.
História.
Histórias de vida.
Cada uma com a sua narrativa, com suas dores, alguns lamentos, mas com a determinação suprema: ser feliz.

E assim o fizemos. E assim buscamos dia a dia. Não perdemos o melhor de nós.
E quando o telefone toca...

São eles querendo saber da gente. Dos excessos. Da farra rasgada. Num sábado etílico musical. Na vitrola uma trilha sonora. No chão:  passos, dancinhas, o nosso ritmo.
E como é bom sentir que não perdemos o compasso, mesmo atravessando o samba num momento ou outro.

E desligamos o telefone com a certe absoluta: mulheres maduras, com um –q- de criança, como diversos -q’s de adolescente.
E isso nos define.