24 de jan. de 2013

Ei, 2013 chegou

Chegou sem cerimônia, dono do tempo e espaço e remexendo em velhas feridas.
Fiz diferente, fiquei, recebi de peito aberto com a esperança do abraço curador, que veio no olhar do filho.
Fui, voltei, percebi que a magia sumida está lá, mesmo que não se mantenha.
Percebi que é mais fácil para o  outro cobrar, do que observar o seu próprio quintal.
Mesmices de sempre, fatos corriqueiros repetitivos, não há mais lugar.
Ligação que não veio, encontro que não aconteceu. Lacuna que se abre. Precipício.
De repente, outra página, muita água, o carro roda, e nesse giro o olhar do estranho.
...que olhar acolhedor, que mão protetora, que vazio.
Gelado, frio, com a própria chuva que caía, aquelas de março que fecham o verão e dessa vez veio antes da hora.
 
E a tempestade derruba paredes, lava não apenas o chão, mas retira o que antes seria impossível deixar de existir.
 
Tudo é possível. O nunca - não existe - e o para sempre NUNCA será. Vai entender.