Lamentei.
Voltei no
tempo.
Lembrei
de cada ano que vivi com você.
Ri, gargalhei...
ainda chorando - recordei tantas histórias.
Santa
adolescência essa que passei ao seu lado.
E cá entre
nós, às vezes acho que ela ainda me abraça, no alto dos meus 53 anos.
No
meio do seu velório, minha tia: fizemos aquela – saída pela direita. (rs)
Mas
sei que já sabe disso, nos espiava do alto.
E com essa
certeza imaginei a sua chegada.
Quanta gente
linda...
Mas
antes da grande festa... vem cá: lembra que uma vez falamos que na entrada do
céu teria um cinzeiro, um maço de charm e um cafezinho. Encontrou isso tudo aí?
Não precisa me
contar agora. Até por que pretendo levar mais algumas décadas por aqui.
E curiosidade
não é tanta. Aff!
...Assim,
fico cá com minha imaginação: vovô, Tia Soninha, Carlinhos... quanta conversa
pra colocar em dia, hein?!? Abraços demorados, lágrimas felizes, beijo doce.
Também posso
esperar por tudo isso. Fica o registro.
Ah!
Enquanto ficava embaixo daquele manto de flores, nós, os seus... fizemos um
trato. Cada um no seu quadrado e na sua hora.
Nada de furar
fila. Nada de gente apressadinha passando na frente do outro.
Eu cedo a
minha vez.
Mas
isso também não pode. Portanto, as regras: quem foi - vem buscar o outro, na
ordem cronológica.
Vai ter aquele
momento de “furdunço”.
Já
pensou Calu guiando Eda?
A
bichinha vai levar uma eternidade pra receber a festa dela.
E Virgílio
mostrando o caminho pra Iran? Não vai ficar uma pomba da paz viva.
Eu,
tô bem. Terei Eda na caminhada. Ou chegaremos rindo muito ou colocando metros
de papo em dia.
No final, tia,
nada muito diferente daqui.
Mas brincando, chorando agora, abraço você e confesso: já tô morrendo de saudade.
Mas brincando, chorando agora, abraço você e confesso: já tô morrendo de saudade.