Ele chega, se instala e não pede
licença.
Quando você percebe, aconteceu. E com uma espontaneidade difícil
de se traduzir.
Assim hoje me deparo com a minha própria imagem e esse
cabelo branco, tão lunar, me remete à uma serenidade na alma que é antítese da
rotina diária.
Equilibrar esses dois mundos no mesmo ser talvez seja o meu
maior aprendizado no momento.
Qual lição preciso tirar?
Como equacionar o que a vida prática exige com o que minha
alma anseia?
Sigo observando. As vezes não entendo, mas sempre buscando a aceitação.
E quando pego meu neto colo, as sensações se materializam e confirmam o que a alma vem soprando em meus sonhos: desacelera.
Mas aí...
Pausa.
A poesia se recolhe quando a manhã chega.
Bora lá, Tete!