No meio da dor * o encanto.
Encanto* de sentir assim.
A limitação presente - me torna alpinista de muralhas que
transponho.
O mergulho na mais profunda cachoeira, que me afoga na água forte, me coloca no meu
lugar presente.
O estar só, mas junto.
O olhar que me diz, siga.
A voz que sussurra, você pode.
Eu acredito. Acreditando, agradeço.
Assim, deslizo no meu próprio caminhar.
Os códigos da intimidade me definem e me traduzem.
Busco nesse registro a construção de casa sólida.
E percebo que aqui, olhando fora. Espiando dentro. A cor
abre picadas que se desnuda no tom da minha vida.
Aquarela que está em mim, no mais pálido cinza da hora.
Mas
é apenas da hora.