8 de jul. de 2013

Tons de cinza

No meio da dor * o encanto.
 
Encanto* de sentir assim.
 
A limitação presente - me torna alpinista de muralhas que transponho.
 
O mergulho na mais profunda cachoeira,  que me afoga na água forte, me coloca no meu lugar presente.
 
Banco de madeira. Chuveiro a cima. Pés ao chão.
 
O estar só, mas junto.
 
O olhar que me diz, siga.
 
A voz que sussurra, você pode.
 
Eu acredito. Acreditando, agradeço.

Assim, deslizo no meu próprio caminhar.

Os códigos da intimidade me definem e me traduzem.
 
Busco nesse registro a construção de casa sólida.
 
E percebo que aqui, olhando fora. Espiando dentro. A cor abre picadas que se desnuda no tom da minha vida.
 

Aquarela que está em mim, no mais pálido cinza da hora. 
 
Mas é apenas da hora.