27 de dez. de 2015

Balneário Puruca

Em todos os meus avessos hoje me reconheci, Eu. 
E que delícia foi...

Nesse descortinar me senti totalmente agradecida ao universo.

Consegui reunir na casa de papai e mamãe todas as minhas Terezas: brinquei, brinquei muito.

Percorri ruas e avenidas espiando essa criaturinha moleca. Rindo das minhas histórias, da minha jornada, do meu nascedouro até a adolescência. Santa viagem.

Com filho e sobrinhos, inauguramos o “Balneário Puruca”. 

Ali encontrei meu irmão caçula, também brincando, leve, como nunca o tinha percebido. Que baita presente, esse.

E as gerações se encontraram naquele quintal. O simples com gosto de grandioso. 

A amorosidade gigante, externada, abraçada, falada.

Verdade que sentimos falta dos ausentes: irmão, cunhada, filho, nora, sobrinhos. 

Mas os presentes - PRESENTES.

Ter pai. Ter mãe. Poder olhá-los de outra forma e ter a certeza, que não queria estar em outro lugar. Perceber que está na hora de me fazer muito mais presente na vida de ambos. Dádiva.

Agradeci: o berço, a infância feliz, a adolescência pra cima, a saída de casa, todas as mudanças e o retorno.

Obrigada por esse Natal mágico...

Obrigada por cada presente recebido no cantinho mais sagrado.

Obrigada, Senhor,  pela tempestade, pq só agora percebo a força e a delícia da bonança.

...Você também, em breve, vai sentir assim. Pode apostar.



5 de dez. de 2015

Esferas planetárias

Eu não sabia assim.
Mas já sabia.
Cada célula denuncia:
os encontros, impulsos e acontecimentos.

Cada palavra proferida,
Cada planeta visitado,
Cada ida e vinda,
Se expressa nesse encontro.

Sucessivas encarnações.
Sucessivas desencarnações.
Estamos grávidos desse EU uno,
Desse EU individual.

Tantas vezes quantas forem precisos.
Para novo nascimento de um ser...
Mais amoroso, mais pleno, mais luz.

E cá entre nós, Querubins e Serafins,
Quando os planetas se alinham,
Quando o universo conspira,

O encontro acontece e nem o CÉU é o limite.


Salve ó Bandeira Branca, Salve São João Batista, Salve estrela de David, e seus seis lados, Mestre Jesus, Buda, Santa. Maria Madalena, Santa Sara Kali, São Lázaro, arcanjos, serafins, querubins, anjos protetores nos auxiliem neste momento, nesta corrente de luz, rogai ao Arquiteto do universo, a Alá, em nosso favor e, levai nossos pedidos para que eles sejam aceitos.
São Miguel, São Rafael, São Gabriel, Baltazar, Melchior, Gaspar, Reis do Oriente, venham nos ajudar forças egípcias, chinesas, indianas, árabes, ciganos, beduínos, videntes, profetas, magia de ponto, de pó, astrologia, pura manifestação das almas batizadas em águas sagradas.Oração para o povo do oriente
Salve o Povo do Oriente! Salve os quatro cantos do mundo!
Guerreiros, reis, príncipes, Santos e Santas do bem, doutores de branco, doutores da lei, mandamentos sagrados, sangue, suor, vitória de homens coroados. Baptista é quem nos comanda, fonte de pura energia, pirâmides preciosas, rosas brancas no deserto, luz em nossas vidas, amparo de almas, linha branca bendita. Assim seja!!!!




15 de nov. de 2015

Aceito


Preciso de lugares lindos. Daqueles que nunca o meu olhar avistou.

Preciso do toque leve, da suavidade. Esse sensorial mágico que faz com que a alma se reconheça casa, chão, ninho. Espontâneo, doce, de uma simplicidade que me comove. Em casa estando, descanso.

Preciso um pouco da presença e não dessa ausência que teima em ficar. 

Senhor, permita abrir esse portal de tantas vidas, de tantas lidas, de tantas idas e me deixe ficar. Por um breve e sagrado estar. Permissão lhe peço, para nesse templo adentrar.

Ah, meu pai, pq antecipar o que ainda poderia esperar?
Muitos se foram.
Outros não chegam.

Há ainda aquele que nada sei. Mas sei que sem ele NEM SEI.

E fico assim: duas vidas em único ser.

Na aurora do dia, tenho 30, para poder labutar.

Quando o sol se deita, chego aos 90, para descansar.

Senhor, poderei ter a graça de estar?

Aqui, ali, no meu oitavo setênio, nesse nó lunar?

Respondo eu: seja feita a sua vontade.

Mas me ampare na ausência tão presente. Na falta vigente.


E o que quiser para mim, eu quero.


Daqui a pouco, 56.
Se pudesse pedir um presente: tempo.
Breve, mas todo meu e com vocês dois.
24 horas.
É muito?

14 de nov. de 2015

...



Não há escolha. 

Dói.
Dói por Minas. 

Dói por Paris.
Dói pelos refugiados.
Dói por essa humanidade insana.
Dói sem FRONTEIRAS.

22 de out. de 2015

4 anos depois, enfim...

Olhar para o que podia ser já não me comove mais. É como se esse “ontem” tivesse tão distante do hoje e totalmente desconectado. 

Não foi sublimando que cheguei a esse ponto, mas com uma determinação forjada a ferro e fogo. A raiva, esse sentimento aclamado por tantos como nocivo, tem a sua dose de sabedoria.

Não a raiva dirigida ao outro. Não a raiva gritada em fúria  a terceiros. Mas a raiva movedora, aquela que te tira da cama e diz: SAI DAÍ, PORRA!!!! VAI FICAR NESSE MI MI MI ATÉ QUANDO? VAI FICAR DE COITADINHA? DEIXA DE SER MAMÃO.

Adoro mamão. Mas não vem ao caso agora.

Essa chacoalhada diária me lançou. Me fez entrar em uma guerra silenciosa, de observação, de estratégias de fortalecimentos: me coloquei em posição de lótus por horas. Ajoelhei também. Virei-me do avesso.

Gritei aos ventos. Aos céus.

Olhando no meu olho, disse: SAI DAÍ, C...!!!! DEIXA DE SER CLICHÊ. NADA MAIS CHATO DO QUE MULHER ABANDONADA, DEPRIMIDA E COM PENA DE SI MESMA. FALA SÉRIO, TT. ATÉ TU!!!!

E essa raiva seca e cega, me transformou. Me colocou de pé. Fez de toda minha fragilidade fortaleza sim. E hoje agradeço a essa fúria visceral.

Trabalhei e trabalho por três. Sabe aquela máxima, o trabalho engradece o homem, tem seu “q” de verdade. Pelo menos não deixa você ficar que nem disco arranhado.

Encontrei em poucos, o apoio de um batalhão. Sempre voltado para a minha reconstrução. Presentes. Fieis e respeitosos em cada decisão ou caminho escolhido. 

Aquela “sábia” mão nas costas de sustentação: Essas - eu as tenho - e agradeço.

Remédios? Vitamina C e cama. E não podemos esquecer de doses maciças da medicina antroposófica.

E cá estou,  com tudo novo de novo. E me deparo com as descobertas, com pessoas que fazem realmente a diferença.

Sei o que eu quero, de verdade.

Sei  o que não me cabe mais.

Essa raiva lá do início, hoje é apenas uma dose extra de vitamina para a lida - que muitas vezes parece maior que posso aguentar.

Mas ledo engano. 

Sei que vou dar conta. 

Sei do tanto que já dei conta.

E sinto um enorme carinho por essa figura de 55 anos, com rotina de 25 e disposição que oscila entre os 15 e as vezes os 95.

Nada é perfeito. Essa sou eu.

E sigo.




11 de out. de 2015

Perdoa minha falta de sensibilidade...

Como entender a luta em um mundo de paz?

Como entender a fome com a mesa farta?

Como entender a falta com tanta presença?

É tão injusta a minha cobrança.

É como pedir ao cego para dizer a cor que se pinta.

E assim na total falta de compreensão – compreendo você: 
na sua dificuldade de ficar um dia sem sobremesa.
De não conseguir enxergar a mesa vazia.

Que assim se permaneça por todo SEMPRE.

Quem nunca lhe falte a sobremesa, a mesa farta e a paz.


Minha oração para a noite de hoje, véspera do dia de Nossa Senhora Aparecida,  é pra você.


1 de out. de 2015

Mais que uma boa ideia: uma santa ideia

E essa santidade toda vem no sorriso farto, na mão generosa, na forma, quase displicente, de fazer o bem.

Mas deixando o sacro de lado, vamos para o profano. 
Quando o prazer de brincar se coloca na linha de frente e transforma qualquer pipoca em grande acontecimento.

Quantas farras com e sem “minino”, com os pequenos, e o grandes de hoje?

A cor é a mesma, o brilho mais forte, mesmo que essa turma crescida não se sente mais para pintar o sete com a gente como outrora.

Mas cá estamos: tricotando, pintando, bordando e filosofando...

Aqui é onde o MI MI MI é propriedade. 

Aqui é aquele MI MI MI transformador. E quanto mais transformador, mais barulhento. Santa trovoada, já abençoada e agradecida em tantos momentos.

MI MI MI que provoca mudanças SIM, mas antes disso, discussões acaloradas.

E quanto mais incomoda, maior a ressonância.

Assim seguimos, família que somos, exercendo a dádiva na sua forma mais ampla, transparente e bela.

E hoje é mais um dia de:

NAMASTÊ

NAMASKAR

PHATAE

Saúdo e agradeço a sua presença em mim.

Saúde e agradeço dividir o mesmo tempo com você.

Uma honra, um privilégio, nessa caminhada em busca do divino, do sacro e da cauda do cometa.

Feliz aniversário!

Aproveita o dia. Aproveita essa trindade, do dia 3.

OM Shanti.

(Divirta-se com os seus dois rapazes)










































3 de set. de 2015

Vem pra rua você também



Há cinco anos escrevi esse texto abaixo (O meu quintal), uma declaração de amor rasgado ao local onde escolhi viver.

O amor, esse continua o mesmo, mas hoje vem com menos alegria, mais medo e uma grito preso na garganta.

O descaso da segurança pública carioca desembarcou aqui também.  

A bandidagem, invadiu as nossas casas, ruas e avenidas. 

Há gente morrendo vítima da violência urbana. Há gente sendo esfaqueada. Há uma população em pânico.

Vou para as ruas. Vamos para as ruas.

Pq esse “quintal” é nosso e queremos o nosso Recreio, como sempre foi: livre, leve, solto e totalmente em paz.

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O meu quintal

O recreio é dos bandeirantes e também de uma porção de gente bacana.
Nesse recreio há exploração, descobertas de novos lugares, picadas abertas, trilhas que dão inveja a qualquer serra ou montanha.
Cachoeira, mar, verde.
Muito verde.

Também um Rio de Janeiro. Mas aquele que foge do trânsito caótico, da poesia cosmopolita e nos lança em outras avenidas, numa cadência musical.  

Muitos vivem aqui, tantos outros fogem pra cá no fim de semana, que dão out...ro ritmo ao nosso recreio, de tantas cores e sabores. 
Mas nesse recreio cabem todas as tribos e suas nuances.

Quem tá de fora, diz: - looonge!!!

 Verdade. Por isso dos bandeirantes e para alguns - com o mesmo espírito de descoberta.  

Mas que fique claro, as entradas e bandeiras –AQUI - têm outra pegada.

O que já foi descoberto está de bom tamanho. A exploração agora é no detalhe.

Portanto, que o nosso recreio continue assim, livre, espaçoso, para correr, gritar, brincar de pique esconde...

E de repente esbarrar, numa esquina qualquer, com o que você vinha procurando há muito tempo.  

Santo Recreio.
Bom recreio para todos. 

RECREIO DE LUTO
PASSEATA
12 DE SETEMBRO
PRAIA | EM FRENTE A GLÁUCIO GIL


5 de ago. de 2015

Uma respiração fez toda a diferença 
entre o ficar ou o partir.
E ficando recebi do universo, 
possibilidades
o que preciso por hora.




3 de ago. de 2015

Alinhavando

Tudo tão perto.

Tudo tão longe.

E no meio - EU.

O caminho está escolhido e tem coração.

Então?!?

Fazer acontecer.

Por hora, tecer.

1 de ago. de 2015

Os dois lados de quatro elementos preciosos

Ontem ouvi a expressão "honraria" aplicada de uma forma que me fez pensar, olhar pra dentro e também pra fora. Enfim um análise de um contexto que engloba a todos.

O que difere nesses quatro elementos?

Intelecto?
Oportunidade?
E onde essa tal honraria se encaixa?

Acredito que a honra, - mais do que isso - o compromisso e O tal comprometimento incondicional dão o tom dessa tela.


Aquele pacto firmado ainda nas entranhas, quando cada elemento desse - começou a ser gerado por nós... (seguiu caminhos  diferentes, mesmo com um propósito inicial tão igual).


Nesse tecer da vida - dois desses quatro elementos me foram confiados por DEUS, dois emprestados pela mãe terra, quando já germinados e aptos.


Todos belos. Todos amados. Todos viscerais em mim.


EU falhei. ELe falhou.



Mas hoje, posso observar que quando compromisso é mantido, o elemento se encaixa no seu caminhar com propriedade e segurança. O resultado? Lindo de se ver.


E lá onde falhei (falhamos)  observo os outros dois jardineiros, aqueles que mantiveram para os dois elementos colheita farta, um outro olhar, um outro movimento.


E o mais bonito disso tudo é que os outros dois, que não tiveram o que foi prometido, recebem também desses dois jardineiros  mãos que plantam, aram e acolhem.




EU?
ACEITO. CONFIO. ENTREGO. E AGRADEÇO.

E muitas vezes, choro.


E muitas outras, peço perdão.





***Olhar

Um privilégio ter essa qualidade na forma 
humanizada do tratar.

Simples - poderia dizer. 

Óbvio, deveria ser. Mas 
raro no contexto 
contemporâneo. 

Poder ouvir o que o corpo recebeu e a minha 
alma acolheu... DIVINO. 

E aqui, silenciosamente emtotal recolhimento, vibro.

E nesse ecoar uma nova 
jornada se anuncia.

Mais que novos caminhos - grandes encontros, alguns reencontros, reconhecimentos e 
retornos.

Uma honra não saber nada e aprender tanto.

Palestra Dra. Sheila Grande | JF | 31.07.2015  

7 de jul. de 2015

Poucos sabem



EU SEI.
POUCOS SABEM.
Mas como você foi inspirador na minha escolha mais determinante.

Hoje voltando da nossa última conversa, lembrei o quanto entusiasmado ficou  quando comentei que prestaria vestibular para jornalismo.

A sua descrição rápida da profissão, me antecedia o quanto também viveria uma paixão arrebatadora. E trinta e três anos depois ainda tenho esse tesão que faz tudo sempre parecer novo e instigante.

Lembro que conheci a primeira ilha de edição, por suas mãos, a boa velha (u-matic). O primeiro estúdio, a primeira externa, a primeira entrada ao vivo. 
Você me apresentou ao telejornalismo quando implantou a Globo de Juiz de Fora e vitaminou o jornalismo na Zona da Mata. E sob a sua batuta aprendi e muito.

EU SEI.
POUCOS SABEM.
Mas quantas vezes, em cada emissora que entrava, ligava para você para contar, ouvir a sua opinião, colher uma informação sobre aquela central. Assim se sucedeu, pelos quatro estados que passei.
E você abriu muitas portas.

Os flashes profissionais de hoje, me levaram mais longe.
A infância.  A adolescência.
Você - sempre presente.

Passeamos muito, rimos das suas broncas, você fingia que não via. E a vida seguiu. A família cresceu.

E de tempos em tempos, na nossa casa de Cabo Frio, construída por você e adotada como morada do familião, a festa de encontros e reencontros acontecia.

Pode ter certeza que esses grandes encontros acontecerão sempre. Com a mesma energia, muitas gargalhadas, abraços apertados e a magia de um bando de gente que se ama de forma rasgada, maluca e tão mágica. 

O local? Isso não é importante.

Mas pode apostar, que nesses dias de FAMILIÃO vai chegar a galera toda: das fraldas aos cabelos brancos. E essa família ainda dará muito frutos.   

E os pequenos conhecerão você e todos os outros que já se foram por tantas histórias contadas, costuradas com esmeros, alinhavadas com ternuras, pespontadas com aquela SANTA LOUCURA FAMILIÃO DE SER.

Isso é imortalidade. Isso é divino. Isso somos nós.

Sei que agora, nesse momento, enquanto ainda tentamos parar de chorar, você está nos braços de todos os outros nossos queridos. 
E o mistério da vida se cumpre. Obrigada, Deus.

Obrigada, TIO -  pelos ensinamentos. Pelos cuidados. Por sermos todos um pouco seu.