11 de out. de 2019

Tita faz 60...


E esse jeito meio moleque, de gente de bem com a vida - será sempre a sua marca registrada e já impressa na alma daqueles que a amam.

Nos conhecemos na adolescência e sempre tivemos perto, mesmo longe. Aquele grupo que tinha acabado de entrar na faculdade se mantém presente, unido, cúmplice e amoroso, desde o nascedouro. E assim sempre será.

Sabe aquela velha máxima, ninguém larga a mão de ninguém? Então, poderia ter sido criado por nós. Somos presentes, atentas, loucas, sóbrias, chatas, embriagadas, somos multifacetadas e subimos e descemos na velocidade da montanha russa que a vida oferece.

E esse fim de semana será todo seu, Tita.

Nos juntaremos mais uma vez e iremos celebrar essa vida linda, bem-humorada, raçuda e rir muito. Rir de nós mesmos é quase um mantra por aqui. E fazemos isso como ninguém.

Já o tempo. Ah, o tempo...

Por mais que corra, chegamos na fase da vida que perdemos a urgência. Problemas de lado, dificuldades nas prateleiras, o momento é de encontro de gente que se ama e se quer bem.

Feliz aniversário, Tita.

Bora subir a serra?

13.10.2019

















8 de out. de 2019

5.6


O ano era 1963. O Brasil e o mundo viviam tempos conturbados politicamente. Nada muito diferente do que é hoje; se fizermos um espelhamento perceberemos que a ditadura rondava as Américas, que a cultura era porta voz em uma era de amarras, enfim, o mundo parece que dá voltas e anda em círculos mesmo.

Mas nada muito importante de verdade. O ano de 1963 trouxe muito mais do que a história conta. 

Naquele 3 de outubro, nascia uma pessoa que faria a diferença na vida de muitos. Coração gigante, sorriso largo, um jeito de gente que tá em paz e na tempestade é firme como bambu, não quebra.

Nos conhecemos há quase 30 anos, nos tornamos família. Somos daquelas irmãs abençoadas por Deus e ungidas por Micael. O universo nos uniu e a vida nos manteve lado a lado mesmo quando a distância física é territorial (e em em breve será continental). 

Fato é que contamos uma com a outra para qualquer situação.

Muita gratidão a essa família das estrelas, que uniu filhos, desde a mais pura infância. E como toda família e nos contratempos da vida, os percalços vem e vão, hoje um tá, o outro não. Mas nada que preocupe demais, porque essa casa de todos foi forjada no amor e ele supera tudo.

 Vê-la celebrar esse 5.6 com tanta alegria foi lindooooo demais. Mesmo com os pequenos longe, os seres que mais ama nessa encarnação, você conseguiu superar a ausência e vibrar. Até porque a distância para o coração não existe. 

Aos seu lado, a sua cara metade: Petit. Vale ressaltar ainda aqui a bela construção que vocês fazem dia a dia, ano a ano, desde o primeiro momento. Amo ambos e muito.

Parabéns, Leiloca. Feliz aniversário, irmã.

Ah, já ia esquecendo: o mundo é bem melhor com você presente.



































28 de ago. de 2019

F O T O G R A F O


Você tem que amar 
a solidão para ser fotógrafo.” 
Raymond Depardon





Hoje me deparei com essa frase e me surpreendeu como teve eco. Não por me considerar fotógrafa, mas por sentir um conforto absoluto na alma.


A fotografia me trouxe isso.

Por ser jornalista sempre estive perto da captura de imagens, tanto em televisão como em mídia impressa, mas como ferramenta da labuta diária. 
Mas de repente virou hobby, me enamorei, apaixonei e descobri um prazer difícil de descrever. Esse silêncio absoluto no ato do click foi o melhor remédio que já tomei na vida. De repente uma pessoa barulhenta externamente, silenciou por dentro.
Foi e é regenerativo.
Hoje quando preciso descansar: fotografo.
Se o momento é de esvaziar: fotografo.
Se preciso exorcizar demônios: fotografo
Se preciso falar com eles: fotografo
Se quero me divertir: fotografo
É divino.
De uma certa forma encontrei uma nova escrita que me acalma, regenera e me abraça.
E é pura alegria, diversão e contentamento.





5 de jun. de 2019

Eu estou doente.


Sim, eu estou doente.

Essa resposta proferida por mim me fez olhar pra dentro com mais propriedade. Onde adoeci?

A última década foi de profunda mudança, me virei do avesso para tentar me ver inteira; e nessa construção - com tantas peças soltas - fui obrigada a esquecer algumas pra poder seguir.

Mas não adianta deixar cacos na estrada, abandonar aqui e ali, fingindo que não as vi cair. Estão todas aqui, clamando por seu lugar real.

Será que precisei adoecer pra ver que a luta pela sobrevivência, a busca insana para dar conta me trouxe a esse precipício onde corpo grita ferozmente?

Perceber todas as misérias sem cair na vitimização é trabalho duro e... e já realizado, creio eu.

Diante do espelho a fisionomia cansada, abatida, me faz abraçar, abraçar forte, a mulher ferida, a menina ativa, o ser em constante transformação.

Acredito que reconhecer as mazelas físicas, a sua origem, causa e consequência, me coloca mais próxima da cura. 
Árduo caminhar nesse momento.

Mas tenho também nas vísceras uma esperança juvenil, renovadora, que me faz amar... amar muito, essa mulher que nesse momento precisa descansar. Tirar férias dos problemas, da doença, de tantas ausências.

E ausência é o que tenho de mais presente hoje. Sobra faltaMas há ainda muita gratidão por ter chegado aqui, ter enfrentado um perverso rodamoinho e ter construído um novo olhar: sobre mim mesmo, a vida, o universo e tantos mistérios.

A Antroposofia tem sido bussola, mesmo quando não entendo os ponteiros de imediato.

Bom, ainda estou doente. Ainda.