2 de nov. de 2013

Lililiu!!!


Filha (também) minha

Que a distância seja medida em quilômetros em não em afastamento. 

...Que todo caminho percorrido, mantenha o calor do abraço de menina, o riso farto da molequeira, a irmandade construída ao longo dos anos.

Do meu colo – até a mala que está prestes a descer a escada, quanta coisa vivemos. 

A menina deu lugar a uma mulher que começa a aprender a andar sozinha. Ela sabe o que quer, e se confunde ainda nesse querer. Mas o processo é BONITO. REAL. ÚNICO. 

São estações. 

Ensaios. 

Mas o voo solo não pode mais ser adiado.

Nós, apenas podemos torcer, olhar de longe e estar sempre de braços abertos para acolhê-la.

...E o que disse a Lipe no dia que saiu daqui, digo a você. Com o mesmo amor, a mesma certeza e comprometimento.

Vai. Volta. Entra. Saia. 

Mas nunca perca o caminho de casa. Por que essa será sempre a sua morada.

Te amo, Lica

E isso é o “sangue” que corre nas nossas veias ancestrais, de reencontros possíveis. Da nossa família nas estrelas.

Você tem um pai só, mas duas mães. 

E é um privilégio dividir isso, nesse tempo, nessa hora, nessa vida.

Te amo, filha. Em casa, esperando você, para ajudar a arrumar essas malas.
Vamos fazer isso com alegria, em festa, pq assim é e sempre foi.

Não se esqueça que nós nos escolhemos. E esse laço será sempre permanente.
Sou a única madrinha que presenteou com um "ratinho", mas quanto significado.



Ainda, menina (lembra?!?)




Nossa colcha de retalhos!!! Indivisível!



21 de out. de 2013

Tia Godinha

Você partiu sem deixar aviso, e mais uma vez o “familião” foi pego de surpresa. Entre o espanto e o desejo de acolhermos uns aos outros, a força da sua passagem.

E não poderia ser diferente, a sua presença, a sua vitalidade, leituras e questionamentos, ali estavam: PRESENTES.

Fico imaginando o seu toc toc à porta: quanta gente que te ama para te receber. Acredito que Tia Soninha passou a frente de todos, mas Tia Marly gritou de lá: “Reginaaaa!”.

As irmãs estão juntas, e nós, aqui, querendo entender esse levante sem aviso prévio.

Tia “Godinha”, como dizia a Maira, fica na paz. As orações são muitas, e o amor, maior ainda.
Estamos tristes, mas bem.

Estamos juntos, misturados, embolados, mais amorosos do que nunca uns com os outros. Cuidadosos com o todo, e com o que temos de mais precioso: essa união, sem hora marcada.

E pode ter certeza: vamos nos ver mais, abraçar mais e rir muito. Sentados à varanda da nossa matriarca, as lembranças irão invadir o encontro. Lindas histórias, engraçadas, divertidas. E assim se fará a imortalidade.

Vocês de um lado, nós de outro. Permanentente juntos, na saudade, na oração.
“Familião”
 19 e outubro de 2013.


20 de ago. de 2013

...



Travei aqui...
Nem pra lá.
Nem para cá.
Empaquei.
Fecho os olhos na esperança 
de não balançar.


Ledo engano: sou árvore e não estátua.

Hoje o vento que me sacode, não acaricia, mas corta.

(uma forma de dizer que a cirurgia dói pra cara... na hora de mudar de posição. aff)

23 de jul. de 2013

b a r b u l e t a ...

A transparência revela o que está para eclodir. Falta pouco e a proximidade me faz olhar para o caminho percorrido. Assim entendo todo processo e onde ele culminou. A sensação é de redenção. É de fechamento. É de virada de página.
Mas...
Precisei perder muito para me encontrar. Vixeeee!!!
- Clichê. Frase de efeito. Mentira absoluta.
 

Perdi sim, mas de uma forma totalmente “Alice de ser”. Não senti, não vi e quando dei por mim, estava sozinha para apagar a luz. Mais um clichê - mas esse é verdadeiro.

E nessa escuridão fiquei. Por um instante, totalmente imóvel, sem saber se tinha porta ou janela.
Engatinhei dentro da confusão, da gritaria... e nesse desespero interno  – S I L E N C I E I.
Tomei a contra mão.
Me recolhi, como se esperasse a tempestade passar. Mas a chuva não era de verão.
Afoguei na dor. E da minha fragilidade fiz fortaleza.
Bebi muita água. Não tinha nada a dizer a ninguém. Não tinha perguntas ou respostas rondando-me. Tinha certezas, quase absolutas: a perda é imensa, a desconstrução total, não sei que caminho tomar.
E não saber, foi a solução ou não, vai se saber. Mas conduziu-me.
E nessa condução despi-me, analisei - da trepada ao desfecho.
Sempre soube que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Mas também nunca fui muito padrão, um conceito “Tereza” de ser, posso colocar assim.
E não entendia. Mas também não me cabia mais.
Aquela célula forte, dividiu-se e enfraqueceu, por um momento.

Foi necessário entrar num casulo, cada um no seu, individualizar para poder manter o encontro de uma vida. Uns voltaram mais rápido, outros ainda precisam do isolamento... cada um no seu tempo.
- E nessa leitura até aqui...essa mesmo que seu olho vê... se está esperando aquele desfecho final feliz - uma borboleta florescente saindo do casulo...
-Lamento, é borboleta, mas a bichinha tá em outro compasso.
Mas calma...Voltemos a narrativa.
 
 A buraqueira foi grande e hoje a “misturança” me define bem mais. E como!  
Bom. Há cerca de vinte dias passei por uma cirurgia. Um procedimento simples, inicialmente, que se tornou uma cirurgia de grande porte.
Dor absoluta. Medo extremo. Insegurança.
Já em casa percebi que esse momento era ponto final, não de minha vida, mas DAQUELA vida.
Uma morte iminente.
Renasci. Ressuscitei. Sei lá.
Mas cá estou, com a legítima sensação que todo sofrimento físico cicatrizou uma alma tão mutilada, ferida, maltratada.
E essa cura - que precisou machucar a carne - cicatriza...
Não há euforia, há um aconchego íntimo, meu, indivisível...
O raio da perninha da barboleta ainda tá presa no casulo, mas é para o corpo se reabilitar.
Mas já da pra dizer: galera, estou de volta.
Ou não, vai se saber. hehehehehe
 
 

8 de jul. de 2013

Tons de cinza

No meio da dor * o encanto.
 
Encanto* de sentir assim.
 
A limitação presente - me torna alpinista de muralhas que transponho.
 
O mergulho na mais profunda cachoeira,  que me afoga na água forte, me coloca no meu lugar presente.
 
Banco de madeira. Chuveiro a cima. Pés ao chão.
 
O estar só, mas junto.
 
O olhar que me diz, siga.
 
A voz que sussurra, você pode.
 
Eu acredito. Acreditando, agradeço.

Assim, deslizo no meu próprio caminhar.

Os códigos da intimidade me definem e me traduzem.
 
Busco nesse registro a construção de casa sólida.
 
E percebo que aqui, olhando fora. Espiando dentro. A cor abre picadas que se desnuda no tom da minha vida.
 

Aquarela que está em mim, no mais pálido cinza da hora. 
 
Mas é apenas da hora.

19 de jun. de 2013

Casa nossa

Das Diretas Já (entre 1983-1984), passando pelos Caras Pintadas (1992), e o olhando para esse  Brasil que está nas ruas agora, percebo que o que me mobilizou há mais trinta anos, está latente agora, com a mesma energia e força. Falo do que vi e vivi.
É aquele sentimento que impulsiona. É patriotismo sim, mas não o dá pátria de chuteiras: é do amor ao país que não foge à luta. O Brasil -  da paz, formado por uma legião de guerreiros.
Um Brasil, bonito de ver.
Um Brasil apartidário, forte, desejoso do simples, daquilo que aprendemos em casa - com a mãe da gente: não roubar, não matar, não enganar, não mentir, não julgar...
Ser honesto, trabalhador, produtivo, proativo, amigo, irmão, gente!
Respeitando crenças, credos, diferenças.
Nem esquerda. Nem direita. Nem direita. Nem esquerda.
Mas um país - com todos os ensinamentos que recebi de meus pais e passei para os meus filhos.
E é urgente. Estamos naquela crise doméstica, que não dá mais para adiar: é hora de arrumar a casa.
E essa casa se chama Brasil.

7 de jun. de 2013

Festa no céu

Você partiu.

Lamentei.

Voltei no tempo.

Lembrei de cada ano que vivi com você.

Ri, gargalhei... ainda chorando - recordei tantas histórias.

Santa adolescência essa que passei ao seu lado.

E cá entre nós, às vezes acho que ela ainda me abraça, no alto dos meus 53 anos.

No meio do seu velório, minha tia: fizemos aquela – saída pela direita. (rs)

Mas sei que já sabe disso, nos espiava do alto.

E com essa certeza imaginei a sua chegada.

Quanta gente linda...

Mas antes da grande festa... vem cá: lembra que uma vez falamos que na entrada do céu teria um cinzeiro, um maço de charm e um cafezinho. Encontrou isso tudo aí?

Não precisa me contar agora. Até por que pretendo levar mais algumas décadas por aqui. 

E curiosidade não é tanta. Aff!

...Assim, fico cá com minha imaginação: vovô, Tia Soninha, Carlinhos... quanta conversa pra colocar em dia, hein?!? Abraços demorados, lágrimas felizes, beijo doce.

Também posso esperar por tudo isso. Fica o registro.

Ah! Enquanto ficava embaixo daquele manto de flores, nós, os seus... fizemos um trato. Cada um no seu quadrado e na sua hora.

Nada de furar fila. Nada de gente apressadinha passando na frente do outro.

Eu cedo a minha vez.

Mas isso também não pode. Portanto, as regras: quem foi - vem buscar o outro, na ordem cronológica.

Vai ter aquele momento de “furdunço”.

Já pensou Calu guiando Eda?

A bichinha vai levar uma eternidade pra receber a festa dela.

E Virgílio mostrando o caminho pra Iran? Não vai ficar uma pomba da paz viva.

Eu, tô bem. Terei Eda na caminhada. Ou chegaremos rindo muito ou colocando metros de papo em dia.

No final, tia, nada muito diferente daqui.

Mas brincando, chorando agora, abraço você e confesso: já tô morrendo de saudade.

29 de abr. de 2013

...


Em 21.04.2011 |  A vida tem dessas coisas, de repente uma onda gigante varre os castelos que julgava eternos. Remove a terra, vira literalmente de pernas para o ar.
E você sabe que a mudança é a saída: e muda, muda, muda aqui, muda ali. Refaz, respira, se joga, confia.
Mas no meio de todo esse processo, meio escravo de Jó, que tira e bota, você percebe a serenidade, o colo doce, o abraço quentinho, asas de anjo – DIRIA.
Ele te pega pela mão, e acompanha; e ampara; e protege; e se faz anjo.

E aí, agradeço ao universo, sentindo-me privilegiada, por receber sem pedir, por ter onde chegar, arriar as malas, pousar com tanto esmero.” 


Em 15.04.2012 “Você me mostrou o quanto é possível  colher o belo enquanto a dor é plantada.
Você é aprendizado, é carinho, é cuidado. 
Obrigada, querido, por mais esse colo!” 


*********





Hoje acordei pensando em você e fui buscar um pouco do que escrevi. Por um momento o pensamento foi: ai, você não sai do lugar, Tereza.
Mas essa fração pequena - ABARCADA por outra sensação, tão mais forte, tão mais verdadeira.

Você, Luiz Antônio, é que não sai do lugar.

Está presente, fincado, naquele espaço único, vital, de acolhimento, proteção, apoio e confiança.

COMO ADMIRO O QUE ÉS, como agradeço a sua permanência em mim. Como desejo você nesse lugar, onde sei que JAMAIS ESTAREI SOZINHA NOVAMENTE.
Luiz, também o meu cuidador.

Como tudo seria mais difícil sem você, meu tão amado amigo, irmão, “nosso marido”, sim. (...que me perdoe a Doutora).

Agradeço o colo farto, o olhar generoso, o sorriso doce...

Você é mais: homem-menino, menino-moleque, ancião no saber.

Adorei estar. Amei celebrar. E já aguardo o momento de reunir essa família das estrelas, que é cada dia mais casa de todos nós.
Feliz aniversário, feliz vida sempre. É uma honra tê-lo ao meu lado.

Obrigada.



29.04.2013


12 de abr. de 2013

Jardineira




O maior jardim do mundo é o meu.

Ele guarda tantas espécies, cores, texturas, formatos...

Ele frutifica permanentemente.

Não pense que não há os períodos de estiagem. Seca braba, que suga, mas quando penso que a safra tá perdida, Deus manda água, farta, grossa, que faz brotar do nada.

E esse desaguar banha-me, envolve-me, me faz liquidificar o encontro, que momentaneamente mata a sede.

É quase um milagre, que me alegra a alma e revela essa jardineira errante que sou.

Ah, e os perfumes...
Aqueles tantos, que arrepiam a pele, entorpecem os sentidos  e atiçam os desejos mais íntimos.
Nesse metro quadrado guardo o meu mundo.

Experimento.

Me devolvo, mas nunca sem me entregar.

Sorvo cada gole e descanso no meu jardim..


26 de mar. de 2013

Ananda Surya



Eu ainda engatinhando e você me puxando pela mão.
E olho para cima extasiada com a leveza, com a transformação e com tantas possibilidades.

Os primeiro passos, tão possíveis, correm soltos por essa sala, que há nove anos abriga tantas descobertas, encontros e reconstruções.
 
O que sinto: agradecimento.
 
O que vejo: dedicação, entrega, trabalho sério e muito comprometimento.
 
O que desejo: que esse chão me abrace todos os dias. Que me envolva e me devolva a mim mesma.
 
O resultado disso tudo, é soma mágica, aquela que se multiplica na prática e se divide, sem subtrair.
 
Assim, levamos com a gente o melhor de nós mesmos: que descobrimos, no movimento, na respiração, na condução serena, da Ju, do Léo, em cada aula.
 
Parabéns pelo caminho escolhido e pela estrada que percorrem. Obrigada, pela jornada iniciada. 
 
 Ju e Léo,
Parabéns, meus queridos.

21 de mar. de 2013

Aqui e agora


Olhar para traz e começar a pintar outra tela, é benção.

Agradecer a cria, pedaço nosso, é dádiva.

Perceber que o melhor que tenho na vida – também veio de ti, me traz paz.

Chegar aqui, foi duro.

Mas como é possível olhar de outra forma, sentir sem estar contaminada pela dor.

Criar esse distanciamento, ordenar o baú e não queimar o passado.

Ele é rico, têm gargalhadas, cumplicidade, crescimento, tem história, alegria e vida.

E vai chegar o dia em que, como amigo sentaremos, e veremos fotos antigas, de uma família
que passou pelo desmantelo, que ainda não se reconstruiu totalmente , mas traz no seu DNA:
o aconchego de uma casa amorosa, de colo farto e riso frouxo.

Filhos, não foram o planejado. Mas é o possível.  E pai e mãe estão aqui. 

Gente que ama, que cuidou com toda ternura, que velou o sono de dois meninos tão amados, que riu no riso do outro, que dormiu todo mundo embolado, que acompanhou cada fase desse crescimento mágico...

Hoje, homens que são, buscam seu próprio caminhar.

Eu, na plateia: torcendo, agradecendo e percebendo que o que foi plantado, germina e frutifica. A colheita será farta, sem hora marcada, sem pressa, no tempo de cada um.

Bom estar nesse lugar nesse momento e que ele se mantenha.

Um dia de cada vez. No aqui e agora...ESTOU EM PAZ.

Eu Aceito, eu confio, eu entrego e AGRADEÇO.

Obrigada! 



17 de mar. de 2013

...


Sabia que um dia iria me alcançar.

Sentia que chegaria o momento de não poder fugir mais.

Por muito tempo adiei esse encontro, essa jornada, o início do trabalho.

Passamos anos enamorados, um encontro ali, uma roçar de dedos ali, um chamado.

Agora cá estou, não sei se pronta, mas inteira, coberta com o desejo mágico da
própria existência.

15 de mar. de 2013

Mergulho

Há mais de duas décadas a yoga entrou em  minha vida. No meu ser sempre esteve, tenho certeza *disso* hoje. 

...E não apenas aqui. Mas deixa lá, isso é outro capítulo.

Ida, vindas, abandono, reencontro... mas em momento alguma perdi a consciência corporal. 

Essa poderosa ferramenta atuou forte, gritante, quase me pegando pelos cabelos, me sacudindo e me protegendo de mim mesma.

Agradecida sou.

Longe de estar pronta, longe de saber qual o é caminho, mas tão perto no sentir. 

Também no ir, no vir, onda que me leva, onda que me traz...

M  E  R  G  U  L  H  O...

O que para o outro é um dom “divino”, pra mim, é minha forma de ver, sentir, dividir, somar e multiplicar.

Assim, me recomponho. 

A energia serpenteia, forte, colorida, orgasmo pleno, prazer criativo. 

Ela sabe onde ir. Ela reconhece sua morada. 
O momento é de espera.



3 de mar. de 2013

Sapato velho



Que poder você tem que me faz ignorar tantos - em detrimento de um.

Há!

Será a forma de me conduzir?

Ou a cor que acaricia a alma?

...
Preocupada, fico. Não lhe dou descanso.

Enquanto escrevo - você me fita. 

Se faz moldura numa manhã de domingo.

Galeria

A P R O X I M A. Afasta.

Toma mais distância. Volta.

Recua novamente.

As pupilas já 

cansadas, perguntam:

Que diabos ele está fazendo?

O novo

Enquanto espero, inspiro.


Tantas possibilidades. O desconhecido atrás do portão.

Aguardo: cores, padrões, texturas. Belezas que meu olhar ainda desconhece.

O momento está próximo, mas o relógio teima em arrastar os segundos.

E eles... zombam de mim.

18 de fev. de 2013

Om Mani Padme Hum

O tema da aula de hoje, gentileza.

Mas ela veio antes, na forma mais doce e plena.

No abraço saudoso. 

No mantra, que agora carrego *também* na mão.

No acolhimento que me faz reconhecer no outro, um reencontro.

Tão mais antigo - tão mais distante. 

Real, vai se saber.

Mas forte, com certeza.

E a aula gentilmente começou.

E a casa me recebeu. 

O chão me abraçou.

E me senti PLENAMENTE agradecida.

12 de fev. de 2013

Tô pra brincadeira


 O carnaval tem dessas coisas, te coloca no seu lugar.
Cada um é o que é, de verdade. Quem não entra na roda, olha de longe.
Quem põe a saia pra girar, sinaliza.
Tudo é claro, tudo é às claras.
O Batman colocou na avenida o que todo mundo já sabia.
Fantasias viram traje a rigor.
Aquela, que você deixa guardadinha  o ano todo, mas quando chega a hora: é emoção, o mais puro tesão.
Cores, caras, bocas. Muita roupa, pouca roupa, não importa.
A gente se desnuda e percebe que o que se é: É.
Abre alas, que eu quero passar.
Entrei na roda e tô na brincadeira.